A Casa

Jorge Amado & Zélia Gattai

A casa do rio vermelho revela para a bahia e para o brasil uma das suas mais intensas fontes de luz.

Comprada em 1960 com dinheiro da venda dos direitos do livro “Gabriela, Cravo e Canela”, de Jorge Amado, para a MGM, a Casa recebeu visitas ilustres, como Glauber Rocha, Pablo Neruda, Tom Jobim, Dorival Caymmi, Roman Polanski, Jack Nicholson, Sartre e Simone de Beauvoir, só para citar alguns. Anos mais tarde se transformou no título do livro de Zélia Gattai “Casa do Rio Vermelho”, publicado em 2002 contando a história vivida pelo casal quando residiu no imóvel.

Toda essa riqueza é vivida nos diversos ambientes da casa, com seus mais de dois mil metros quadrados, incluindo o jardim onde as cinzas de Jorge e Zélia estão depositadas. A Casa do Rio Vermelho conta com mais de 30 horas de vídeos e projeções. Ou seja, é impossível conhecer toda a história do imóvel e do casal de escritores em apenas uma visita.

Foi totalmente reformado pela Prefeitura Municipal de Salvador, numa intervenção que contou com a participação da Fundação Casa de Jorge Amado, da família do casal e do arquiteto e cenógrafo Gringo Cardia, que assumiu a curadoria do museu.

Mapa de localização

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[:pb]A Bahia de Jorge Amado[:en]Jorge Amado's Bahia[:es]A Bahia de Jorge Amado[:]

A Bahia de Jorge Amado é terra da mistura e da mestiçagem. É preta, parda, índia, branca. É a terra da diversidade e da convivência de diferentes crenças e religiões. É também terra violenta e desigual, com seus coronéis, jagunços e pistoleiros; seus heróis do povo, suas mulheres guerreiras. É a terra dos sabores e cheiros, da dança, do suor; dos amores cheirando a sexo, cravo e canela. Terra habitada por uma gente que, mesmo na pobreza e na adversidade, sabe dar valor à vida, em tudo o que ela significa de luz e alegria.

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A Amizade é o Sal da Vida

Jorge Amado e Zélia Gattai foram pessoas agregadoras e, ao longo da vida, formaram uma grande coleção de amigos, vindos de todas as partes do mundo, das mais diferentes origens e ocupações. Muitos desses amigos foram importantes nomes da cultura e do pensamento no século XX. A casa do Rio Vermelho esteve sempre aberta a eles, numa permanente celebração à alegria de viver e à união entre as pessoas.

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Infância / Memórias de Dona Lalu

Jorge Amado nasceu no dia 10 de Agosto de 1912, numa pequena fazenda situada no povoado de Ferradas, próximo a Itabuna. Foi em Ilhéus que o menino Jorge viu o mar pela primeira vez e aprendeu a ler, ajudado por sua mãe, Dona Lalu. A rica infância, cheia de aventura, imaginação e liberdade, marcaria para sempre a vida de Jorge Amado e também sua obra.

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Os Viajantes

Ao longo de mais de meio século, sozinho ou na companhia de Zélia Gattai, Jorge Amado exerceu seu espírito aventureiro e cruzou o mundo inteiro em muitas viagens. Nessas jornadas, conheceu pessoas, costumes, lugares; experimentou novas sensações e sabores; encontrou material para as histórias de seus livros. Com tantos carimbos no passaporte, Jorge e Zélia se tornaram cidadãos do mundo.

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Varanda Aberta

Pelas paredes, desde a entrada da casa, Jorge mandou fixar azulejos e placas de arte. No terraço estão os de Picasso, de Carybé e dos mais variados artistas estrangeiros. Na entrada do bar há uma enorme e bela placa de Chico Brennand.

Zélia. Memorial do Amor.

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Varanda Fechada

Essa varanda, em forma de L, só é fechada em relação à primeira, pois é toda gradeada com as grades de ferro desenhadas por Mário Cravo. É aí que está a maior parte da coleção de arte popular de Zélia e Jorge. A coleção conta com peças que vieram de todas as partes do mundo. Uma das virtudes deste conjunto, e da Maneira com que é exposto, está na mistura das peças, fazendo com que haja certo anonimato, a beleza ganha prioridade sobre a origem.

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Amores e Amantes

Nos livros de Jorge Amado, o amor é um personagem importante. O amor subverte a ordem, troca as coisas de lugar, revela os costumes morais e sexuais de uma época, conduz os amantes para sua perdição ou redenção, produz misturas de corpos e de raças. Falar de amor na obra de Jorge Amado é falar de corpos que se encontram, se misturam e sentem prazer. É um amor feito de sensações: cor, calor, cheiro e gosto.

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Zélia Gattai, Companheira Graças a Deus

[:pb]Durante 56 anos, Zélia Gattai foi a companheira de Jorge Amado. Mas o papel de esposa e mãe é pouco para definir aquela que foi, desde sempre, uma mulher forte, guerreira, determinada, de brilho e luz própria. Zélia foi militante política na luta contra a ditadura do Estado Novo, até conhecer Jorge em 1945. Em 1979, Zélia publicou seu primeiro livro, Anarquistas, Graças a Deus, um sucesso instantâneo. Foram lançados 16 livros com a assinatura de Zélia Gattai.[:en]Durante 56 anos, Zélia Gattai foi a companheira de Jorge Amado. Mas o papel de esposa e mãe é pouco para definir aquela que foi, desde sempre, uma mulher forte, guerreira, determinada, de brilho e luz própria. Zélia foi militante política na luta contra a ditadura do Estado Novo, até conhecer Jorge em 1945. Em 1979, aos 63 anos de idade, Zélia publicou seu primeiro livro, Anarquistas, Graças a Deus, um sucesso instantâneo. A partir daí, foram lançados 16 livros com a assinatura de Zélia Gattai.[:es]Durante 56 anos, Zélia Gattai foi a companheira de Jorge Amado. Mas o papel de esposa e mãe é pouco para definir aquela que foi, desde sempre, uma mulher forte, guerreira, determinada, de brilho e luz própria. Zélia foi militante política na luta contra a ditadura do Estado Novo, até conhecer Jorge em 1945. Em 1979, aos 63 anos de idade, Zélia publicou seu primeiro livro, Anarquistas, Graças a Deus, um sucesso instantâneo. A partir daí, foram lançados 16 livros com a assinatura de Zélia Gattai.[:]

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O Comunista

A militância política faz parte da vida de Jorge Amado desde 1930. Filiado ao Partido Comunista Brasileiro em 1932, Jorge foi preso 11 vezes e teve que se exilar na Argentina e Uruguai, em 1941/42, e na Europa, de 1948 a 52. Jorge chegou a ser eleito Deputado Federal pelo PCB, em 1946. Mesmo após se desligar do Partido, em 54, Jorge Amado manteve suas convicções, lutando por uma sociedade mais justa, livre e igualitária.

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Trocando Cartas

Jorge Amado era um escritor de cartas compulsivo – são mais de 100 mil páginas de cartas trocadas com gente do mundo inteiro. Aqui está exposta parte da correspondência entre o romanista e Zélia Gattai. Começa em 1948 – quando Jorge parte para o exílio na França – e vai até 1967, quando, de volta ao Brasil, o casal começa a reforma da Casa do Rio Vermelho. As cartas foram guardadas por Zélia e organizadas por seu filho João Jorge Amado.

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Os amados sabores de Jorge

Aprende-se lendo Jorge Amado que comida não é feita somente para alimentar: ela dá prazer ao ser vista, saboreada, cheirada e, sobretudo, é possivel sonhar com ela, pois não se sonha só imagem, sonha-se cheiro, gosto e fartura.

Paloma Amado. A comida baiana de Jorge Amado

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A cozinha de Dona Flor

[:pb]Cozinha baiana. Nos navios negreiros vieram o dendê e o gosto da pimenta. A culinária ritual dos negros, as comidas dos orixás. Os coqueiros cresciam nas praias e o português, guloso, trouxe suas receitas de doces, seu açúcar. Misturaram-se os gostos. A mandioca dos indígenas, a branca farinha. O azeite cor de ouro do dendezeiro, a pimenta, o coco, o amendoim e o gengibre. Os pratos portugueses ficaram mais picantes. Um gosto mais definido e forte.[:en]Cozinha baiana. Nos navios negreiros vieram o dendê e o gosto da pimenta. A culinária ritual dos negros, as comidas dos orixás. Os coqueiros cresciam nas praias e o português, guloso, trouxe suas receitas de doces, seu açúcar. Misturaram-se os gostos. A mandioca dos indígenas, a branca farinha. O azeite cor de ouro do dendezeiro, a pimenta, o coco, o amendoim e o gengibre. Os pratos portugueses ficaram mais picantes. Um gosto mais definido e forte. Os guisados africanos perderam sua agressividade, ganharam maior finura. A cozinha sadia e simples dos indígenas compareceu também com suas folhas, suas raízes, suas caças. Assim nasceu a culinária baiana, sem dúvida e sem exagero, uma das mais finas e saborosas do mundo.[:es]Cozinha baiana. Nos navios negreiros vieram o dendê e o gosto da pimenta. A culinária ritual dos negros, as comidas dos orixás. Os coqueiros cresciam nas praias e o português, guloso, trouxe suas receitas de doces, seu açúcar. Misturaram-se os gostos. A mandioca dos indígenas, a branca farinha. O azeite cor de ouro do dendezeiro, a pimenta, o coco, o amendoim e o gengibre. Os pratos portugueses ficaram mais picantes. Um gosto mais definido e forte. Os guisados africanos perderam sua agressividade, ganharam maior finura. A cozinha sadia e simples dos indígenas compareceu também com suas folhas, suas raízes, suas caças. Assim nasceu a culinária baiana, sem dúvida e sem exagero, uma das mais finas e saborosas do mundo.[:]

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Sala de Leitura

Um espaço dedicado à obra de Jorge Amado. Nessa sala o visitante tem a oportunidade de assistir em uma tela de cinema a leitura de trechos dos principais livros do escritor, feitas por diversos nomesda cultura Brasileira.

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Muita Vida, Tantas Obras

Ao longo de 60 anos de carreira, Jorge Amado escreveu 37 livros. Sua obra foi publicada em mais de 50 países e traduzida para 49 idiomas – como o uzbeque, vietnamita e o mongol. É um dos autores brasileiros que mais livros vendeu e o mais adaptado para a televisão e o cinema – o filme Dona Flor e seus dois maridos alcançou 14 milhões de espectadores. Em 1963, Jorge Amado foi eleito para a Academia Brasileira de Letras.

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Lago dos Sapos / O gato Malhado e a andorinha Sinhá

A história de amor entre o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá foi escrita por Jorge Amado em Paris, em 1948, como um presente para o filho João Jorge, que completava um ano de idade. Somente em 1976, o texto foi reencontrado entre os pertences de João. Foi então publicado em livro, com ilustrações de Carybé. Essa história de um amor impossível ganha agora uma adaptação cênica aqui, no lago dos sapos da Casa do Rio Vermelho, para ser apreciada por crianças de todas as idades.

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Roda de conversa sobre Jorge Amado

Com a participação de Alana Murinelly Souza Monteiro, Alberto da Costa e Silva, André Luiz Nogueira Batista, Antônio Dimas, Antônio Torres, Arthur Guimarães Sampaio, Cacá Diegues, Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Edilene Matos, Fernanda Ramos Amado, Gerônimo Santana, Guido Araújo, Ilana Goldstein, Jards Macalé, João Jorge Amado, João Jorge Santos Rodrigues, Juarez Paraíso, Lilia Schwarcz, Luiza Ramos Amado, Mãe Stella de Óxossi, Mario Cravo, Myriam Fraga, Nelson Pereira dos Santos, Paloma Jorge Amado, Solange Carybé, Sônia Braga e Suely Aires.

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Jorge e o Candomblé

Depois que foi apresentado à magia do candomblé, aos 15 anos de idade, Jorge Amado se tornou um frequentador assíduo dos terreiros. Filho de Oxóssi, foi amigo das grandes mães de santo de Salvador e lutou de forma incansável contra a violência e a intolerância e a favor da liberdade religiosa no Brasil. Essa luta de uma vida inteira transformou Jorge Amado em um dos mais importantes defensores do candomblé e da cultura negra da Bahia.

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Café

Em breve.

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Administração

Administração da Casa do Rio Vermelho

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Loja

Em breve.

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Recepção

Em breve.

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Orquídeas de Jorge e Zélia

Cadê o seu Jorge?
Está no seu jardim,
Ao lado de Zélia
E de um pé de Jasmim.
Zélia. Vacina de sapo e outras lembranças

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Mensageiro entre os mundos

O Exu da casa do Rio Vermelho foi encomendado ao ferreiro Manu e veio para cá em 1966, antes de Jorge e Zélia se mudarem. O orixá foi assentado, a pedido de Mãe Senhora (Yalorixá do Ilê Axé Opô Afonjá), por seu filho Mestre Didi (Deoscóredes Maximiliano dos Santos, Supremo Sacerdote do Culto aos Egungum, Assogbá e Balé de Xangô).

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O Jardim

A floresta ia crescendo com árvores escolhidas por nós e outras que surgiam, para nossa surpresa, como um pé de umbaúba, a de tronco liso, de imensas folhas, formando uma coroa ao alto como se fosse de uma enorme flor. Um aroma inebriante acusou de repente a presença de jasmineiros silvestres perfumando, com suas minúsculas flores, a escuridão da noite. A cada dia uma surpresa.

Como chegar

referência do Bairro, saiba como chegar a Casa do Rio Vermelho

Rua Alagoinhas, nº 33, Rio Vermelho

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